quarta-feira, 8 de setembro de 2010
A MATEMÁTICA E A OBESIDADE
quarta-feira, 28 de maio de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
DESAFIO
- Rosane: a = 2 . 2 . 3. 5.
- Fábio: b = 3 . 3 . 3 . 5.
- Meire: mdc(a,b) = 30.
- Rodrigo: mmc(a,b) = 180.
Você sabe que aluno está errado? Qual foi o seu erro? Quais são os números naturais a e b?
Projeto Araribá Matemática 5ª série
Ed. Moderna
Jogando com múltiplos
- peões, tampinhas (1 para cada jogador)
- um dado
- pista numerada de 1 a 100
1ª rodada
- Estabeleçam uma ordem para jogar. Quem vai ser o primeiro, o segundo, o terceiro jogador etc.
- Na sua vez, o jogador lança o dado e vai para a casa indicada pelo primeiro múltiplo do número de pontos obtido no dado, depois da sua casa onde ele se encontra. Exemplos:
- O jogador está na casa 6 e obtèm 4 pontos no dado. O primeiro múltiplo de 4, depois da casa 6, é o 8. Seu peão deve ocupar a casa 8. Se esse mesmo jogador obtivesse 5 pontos no dado, indo para a casa 10, que é a primeira casa com um múltiplo de 5.
- O jogador está na casa 13 e obtém 6 pontos no dado. Ele deve avançar para a casa 18.
- Apartir da segunda rodada, o peão que parar sobre uma casa em que haja um número primo perderá a próxima jogada.
- Vence o jogo quem primeiro chegar à casa 100 ou ultrapassá-la.
- Depois de jogar uma partida, vocês podem combinar outras regras que tornem o jogo mais difícil.
JOGOS
BINGO TOGAN
Cartela 01
Cartela 02
CONTEÚDO:
Operações Fundamentais com números naturais – Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão.
OBJETIVO:
a) Incentivar o cálculo mental;
b) Integrar o grupo;
c) Desenvolver a cooperação e
d) Servir como instrumento de avaliação.
HABILIDADES:
a) Resolver as quatro operações fundamentais.
b) Fazer cálculos mentais.
c) Ampliar o uso do raciocínio lógico.
MATERIAL NECESSÁRIO:
a) Uma cartela contendo as operações;
b) Uma cartela contendo os resultados das operações.
c) Oito fichas coloridas para cada jogador.
SEQÜÊNCIA DIDÁTICA DA ATIVIDADE:
a) Definição das regras do jogo pelo professor e pelos alunos;
b) Cada jogador ou grupo de jogadores recebe uma cartela do tipo 01 contendo as operações e uma cartela do tipo 02 com as respostas corretas. Esta cartela do tipo 02 deverá ficar virada com as respostas para baixo;
c) As cartelas das operações deverão ser diferentes para cada jogador ou grupo de jogadores;
d) As cartelas dos resultados das operações deverão ser iguais para todos;
e) Cada jogador ou grupo de jogadores recebe um conjunto de oito fichas para fazer as marcações;
f) O professor canta o jogo enunciando pausadamente cada uma das questões;
g) Ao final do jogo promover um debate para resgatar as questões mais significativas que foram objeto de discussão durante o jogo;
h) Estimular a auto-avaliação pedindo aos alunos que atribuam notas à sua própria atuação no jogo;
i) Seguindo o regulamento apurar as cartelas vencedoras e distribuir a premiação.
CURIOSIDADES
Aritmética digital
Durante algum tempo pensou-se que existiam tribos que não sabiam contar para além de dois, uma vez que só tinham nomes para os números um, dois e muitos. No entanto, estes povos arranjaram meios e métodos de realizar as suas contagens. As tribos com um vocabulário numérico muito reduzido tinham maneiras verdadeiramente elaboradas de contar pelos dedos das mãos e dos pés.
A maior parte dos sistemas de contar primitivos baseavam-se no 5, no 10 ou no 20. A base 5 foi muito utilizada. Em muitos idiomas, as palavras que significam "cinco" e "mão" ou são as mesmas ou possuem uma raíz comum. Os Tamanacos, uma tribo da América do Sul, usavam a mesma palavra para 5 e para "uma mão inteira". O termo 6 significava "um na outra mão", 7 era "dois na outra mão" e analogamente para 8 e 9. O 10 eram "ambas as mãos". Para exprimir de 11 a 14, os Tamanacos estendiam ambas as mãos e contavam "um do pé, dois do pé", e assim sucessivamente até "um pé completo". O sistema continuava com o 16 expresso como "um no outro pé", e por aí adiante até ao 19. Vinte era a palavra dos Tamanacos para "um índio", "dois índios" significava 40 e assim sucessivamente.
Os nomes primitivos dos números eram frequentemente idênticos aos das partes do corpo, como dedos das mãos e dos pés, ou outras. Ainda hoje, quando se fala de "dígitos" está-se a dar testemunho deste facto pois "dígitos" tem origem numa palavra em latim que significa dedos.
Os sistemas de base 6 e de base 9 são extremamente raros. Segundo parece, foi sentida a necessidade de dar um nome aos números maiores que cinco, adoptou-se então um sistema de base 10. Hoje o sistema de base 10 é quase universal, incluindo tribos primitivas.
Os matemáticos empenharam-se em destacar que, quando, ao contar, se vão tocando sucessivamente os dedos e outras partes do corpo, se está a exprimir o conceito de número ordinal (primeiro, segundo, terceiro, ...) enquanto que, quando os dedos são levantados de uma só vez para significar, por exemplo, 4 rãs, estão a exprimir o número cardinal (um, dois, três, ...) de um conjunto.
Multiplicação usando os dedos
Durante a Idade Média e o Renascimento, poucas foram as pessoas que chegaram a conhecer a tabela de multiplicar para além de . Assim, usava-se um método muito popular que se baseava no uso dos complementos dos números dados relativamente a 10. Como tal, o complemento de n relativamente a 10 será 10-n.
Neste método era frequente usar os dedos das mãos como instrumento de cálculo . Associa-se aos dedos de cada mão os números de 6 a 10, começando pelo dedo mindinho.
Para multiplicar 7 por 8 tocam-se os dedos associados ao 7 e ao 8, como se observa na figura seguinte .
Note-se que o complemento de 7 está representado pelos três dedos superiores (situados acima dos dedos em contacto) de uma mão e o complemento de 8 pelos dedos superiores na outra mão. Os cinco dedos inferiores representam o 5, ou seja, 5 dezenas. A 50 adiciona-se o produto dos dedos superiores, , ou seja 6, dando no total 56.
Como é isto possível?
Ao calcular , juntam-se dedos na mão esquerda e ficam dedos. Na mão direita juntam-se dedos e sobram dedos. A soma dos dedos da mão esquerda com os dedos da mão direita representa as dezenas, ou seja, A este resultado adiciona-se o produto dos dedos que sobram de ambas as mãos, ou seja, Assim, o resultado é,
ou seja,
.
Este método simples de usar os dedos para calcular o produto de qualquer par de números compreendidos entre 6 e 10 foi extensivamente usado durante o Renascimento, ainda hoje é utilizado em certas zonas rurais da Europa e da Rússia.
Este método deve ser dado a conhecer aos alunos, em qualquer nível de escolaridade, visto ser um método de multiplicar interessante, curioso e motivante.
Os dedos e a tabuada do 9
Este subcapítulo apresenta um processo de multiplicar um algarismo por 9 usando os dedos. Associa-se aos dedos de cada mão os números de 1 a 10 começando pelo dedo polegar.
Para saber o resultado de uma multiplicação por 9, levantam-se os 10 dedos das mãos.
O produto de vê-se baixando o n-ésimo dedo a contar da esquerda para a direita. Por exemplo, corresponde a baixar o 4º dedo. Ficam 3 dedos levantados antes do dedo que se baixa, e 6 depois. O que significa 36, que é o resultado pretendido, como se observa na figura seguinte.
Do mesmo modo se faz para , como ilustra a imagem.
Mas, porque é que isto se verifica?
Baixando o n-ésimo dedo, ficavam então dedos levantados à esquerda, o número das dezenas, e 10-n dedos levantados à direita, o número das unidades. Então,
POESIA MATEMÁTICA
Às folhas tantas
Do livro matemático
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E Viu-a, do Ápice à Base,
Uma Figura Ìmpar; Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides, Corpo ortogonal.
Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela
Até que se encontraram
No Infinito.
“Quem és tu?” indagou ele
Com ânsia radical.
“Eu sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs –
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas senoidais
Nos jardins da Quarta Dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram se casar
Constituir um lar,
Uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Freqüentador de Círculos Concêntricos
Viciosos
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma Unidade. Era o Triângulo, Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fração
Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade
E tudo que era espúrio passou a ser Moralidade
Como, aliás, em qualquer
Sociedade.
Millôr Fernandes. Trinta anos de mim mesmo.